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Skank está de volta com a "Turnê de Despedida"

Fonte: Weber Pádua
Skank está de volta com a

color:#2C363A">Já disse um crítico que a importância de uma banda se mede pela quantidade
e qualidade de músicas “indispensáveis” que acabaram ficando de fora do
repertório de seu show. Com quase 30 anos de contribuições para as festas, os
romances e para a vida dos brasileiros, o Skank já ouviu
muito que “faltou esta” e “faltou aquela”.

Pois
na “Turnê da Despedida”, que celebra a história da banda antes de sua separação
por tempo indeterminado, o desafio é encaixar num mesmo roteiro tudo o que
esses caras já deixaram gravado no coração do público desde o comecinho dos
anos 1990. E é nessas horas retrospectivas que a gente vê que foi muita coisa
– mesmo para generosas duas horas (ou mais!) de show. Depois do período de
pandemia, o Skank está de volta aos palcos, com todos os cuidados necessários.

color:#2C363A">Foram nove álbuns de estúdio, alguns deles presença obrigatória
em listas de melhores de todos os tempos do pop-rock nacional e que somam mais
de 5 milhões de exemplares vendidos; três ao vivo que registraram para a
posteridade o nível de ataque e a catarse de seus shows em diferentes fases da
carreira; e uma coleção de sucessos que não encontra paralelo nas últimas três
décadas no país. Foram cerca de 40 hit singles, 29 deles entre as 100 mais
tocadas do ano no Brasil (muitas vezes defendendo sozinhas o pop-rock num mar
de sertanejo universitário), 25 em trilhas de novela, dois mega-hits que
marcaram fases distintas e igualmente bem sucedidas do grupo (“Garota Nacional”
em 1996 e “Vou deixar” em 2004) e um sem-número de favoritas do fãs que vez por
outra aparecem de surpresa nos shows. “Algo parecido”, o single inédito lançado
em 2018, passou dos 30 milhões de plays em pouco mais de um ano. E ainda temos
a nova “Simplesmente”, delicada balada folk lançada especialmente para
acompanhar a Turnê da Despedida. Que belíssimo problema
será montar o repertório dos shows...

Até
onde podemos enxergar, esta será a última oportunidade de assistir a Samuel
Rosa (guitarra e voz), Lelo Zanetti (baixo), Henrique Portugal (teclados) e
Haroldo Ferretti (bateria) tocando seus clássicos, juntos, num mesmo palco. Em
novembro de 2019, a banda anunciou a separação motivada pelos desejos
individuais de experimentar novos caminhos – musicais e pessoais. Sem brigas,
sem decadência, sem barracos públicos e sem descartar a possibilidade de
reuniões futuras. Pontuais? Comemorativas? Definitivas? Só o tempo dirá. Por
hora, é melhor aproveitar a Turnê da Despedida como
se não houvesse amanhã.

A
separação do Skank é uma forma de colocar um ponto final (ou um
ponto-e-vírgula) numa carreira iniciada na curva entre a moda do rock
brasileiro dos anos 1980 e uma nova década que apontava para a brasilidade,
para o ritmo e para as misturas. Inicialmente uma simpática banda de vinda de
Minas Gerais tocando música de inspiração jamaicana, rapidamente o Skank tanto
apontou caminhos para toda uma nova geração (de Chico Science, Raimundos, Pato
Fu, Jota Quest, Mundo Livre SA, O Rappa e tantos outros) como ganhou
musculatura e tamanho de mercado. Isso ali por 1996, quando chegou no incrível
feito de ter, no mesmo período de doze meses, dois álbuns diferentes com mais
de um milhão de exemplares vendidos – Calango e O
Samba Poconé
.

Foram
tempos de turnês internacionais, hits no mercado latino e a confiança para
arriscar a mudança que viria nos anos seguintes: canções mais melódicas, com
mais violões e guitarras e climas psicodélicos. Em meio a momentos tão
diferentes, algumas características continuavam: os sucessos na boca do
público, as canções na vida das pessoas, os grandes shows pra lavar a alma e a
coerência com sua própria história, de olhar para frente e encarar os desafios.

É
essa coerência que levou Samuel, Lelo, Henrique e Haroldo a dependurar as
chuteiras por hora e buscar desafios em outros territórios. A Turnê
de Despedida
 é a versão da banda para aqueles jogos em que os
craques do futebol juntam os amigos, num clima incrível de festa e gratidão. Os
craques estarão no palco, os amigos somos todos nós que estivemos juntos a eles
por tanto tempo. E vai ser um jogo de goleadas, isso todo mundo sabe.


Foten: Perfexx




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